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Layout para área de picking manual: dicas para máxima eficiência

por | 17/11/2024

O layout da área de picking manual é a chave para transformar seu armazém em uma operação ágil e eficiente — ou em um caos logístico. Você está enfrentando congestionamentos e erros de separação? Aprenda neste artigo como planejar um layout otimizado e aumentar a produtividade.

Você sabia que um layout inadequado para a área de picking manual pode transformar o coração do seu armazém em um verdadeiro pesadelo operacional? Movimentações desnecessárias, congestionamento de operadores e altos índices de erros são apenas algumas das consequências de um planejamento mal executado.

Se você já investiu em equipamentos e tecnologia, mas ainda enfrenta dificuldades para alcançar a eficiência desejada, é possível que o problema esteja justamente na configuração do layout.

Ignorar esse aspecto pode custar caro, impactando diretamente o tempo de processamento dos pedidos e a satisfação dos seus clientes.

Agora imagine o oposto: uma área de picking otimizada, onde cada item é acessado de forma rápida e precisa, os operadores seguem um fluxo contínuo e o tempo de separação é reduzido ao mínimo. Esse é o cenário que você deseja para sua operação, certo?

Afinal, o objetivo de todo gestor de armazém é maximizar a produtividade, garantir a acuracidade e reduzir os custos operacionais. Mas para alcançar esses resultados, é essencial saber exatamente como planejar o layout de picking.

Neste artigo, você encontrará um guia completo e avançado sobre como projetar o layout para área de picking manual, com técnicas comprovadas para otimizar o fluxo de trabalho, posicionar produtos estrategicamente e aplicar práticas que garantem máxima eficiência. Se você está cansado de desperdícios e gargalos, continue lendo para descobrir como transformar a sua área de picking em um diferencial competitivo.

1. Análise do perfil de pedidos

O primeiro passo para desenvolver um layout eficaz para área de picking manual é entender o perfil dos pedidos processados pelo armazém. Essa análise deve considerar:

  • Tipos de pedidos: os armazéns podem atender pedidos B2B (business-to-business), B2C (business-to-consumer) ou omnichannel. Pedidos B2C geralmente envolvem picking de itens individuais e de baixo volume, enquanto B2B pode exigir picking de caixas fechadas ou volumes maiores.
  • Volume e variabilidade: quantificar o volume de pedidos diários e a sua variabilidade ao longo do tempo é fundamental. Picos sazonais e flutuações de demanda devem ser levados em conta para criar um layout flexível.

Uma compreensão clara desses aspectos permite prever o fluxo de picking e dimensionar a área corretamente, evitando gargalos e minimizando deslocamentos.

2. Classificação ABC de produtos

A utilização da classificação ABC é essencial para otimizar o layout de picking. Este método baseia-se na análise da rotatividade dos produtos:

  • Classe A: produtos com alta frequência de picking e maior contribuição para o faturamento. Devem estar posicionados nas áreas de fácil acesso, próximos ao operador, para minimizar o tempo de separação.
  • Classe B: produtos de demanda intermediária. Devem estar posicionados em locais acessíveis, mas que não competem diretamente com os itens de Classe A.
  • Classe C: produtos de baixa rotatividade, que podem ser armazenados em locais menos acessíveis.

O uso da curva ABC permite maximizar a eficiência do picking ao reduzir o tempo gasto com deslocamentos desnecessários, uma vez que os itens mais buscados estarão posicionados estrategicamente.

Você pode saber mais neste artigo: Curva ABC: Estratégia Comprovada para Eficiência em Armazéns

3. Definição de zonas de picking

O layout da área de picking manual deve ser organizado em zonas específicas, de acordo com o tipo de produto e o método de picking utilizado. As principais zonas a considerar são:

  • Picking de peças pequenas: uma área dedicada para itens de menor volume, geralmente armazenados em estantes de fácil acesso.
  • Picking de caixas: para picking de produtos que são separados em suas caixas originais.
  • Picking de produtos volumosos: área reservada para itens grandes e pesados, que requerem equipamentos de movimentação específicos, como carrinhos e transpaletes.

Essa segmentação facilita a operação e permite especializar os operadores, aumentando a produtividade e reduzindo o índice de erros.

4. Planejamento do fluxo de operações

Um fluxo de operações eficiente é crítico para o sucesso do layout para área de picking manual. Ao planejar o fluxo, considere:

  • Sequência lógica de picking: os produtos devem ser organizados para permitir um fluxo contínuo de picking, minimizando retornos e cruzamentos.
  • Roteiros de picking: implemente roteiros que guiem os operadores pela rota mais eficiente. Isso pode ser facilitado pelo uso de sistemas de gerenciamento de armazém (WMS).

Mapear o fluxo e evitar cruzamentos de operadores reduz gargalos e o risco de acidentes, além de aumentar a produtividade.

5. Dimensionamento e posicionamento das estantes

O tipo de estante utilizado no picking manual deve ser cuidadosamente escolhido para maximizar a capacidade e garantir o acesso rápido aos produtos:

  • Estantes fixas: ideais para itens de baixa rotatividade, que não precisam ser reposicionados com frequência. Como as estantes Mini Porta Pallet.
  • Estantes de picking dinâmico (flow racks): para itens de alta rotatividade, essas estantes utilizam o sistema FIFO (First In, First Out), facilitando o acesso e a reposição rápida. Saiba mais neste artigo: Flow rack: 8 razões para usá-lo na sua operação de picking
  • Altura adequada (ergonomia): produtos de alta demanda, devem estar posicionados entre a altura da cintura e dos ombros dos operadores, evitando esforços físicos excessivos.

A escolha correta de estantes e seu posicionamento podem reduzir significativamente o tempo de picking e melhorar a ergonomia dos operadores.

6. Integração de sistemas de apoio

A tecnologia desempenha um papel fundamental na otimização do layout para área de picking manual. Sistemas de apoio, como WMS (Warehouse Management System), picking por voz e dispositivos de leitura de código de barras, aumentam a eficiência ao:

  • Guiar os operadores: o picking por voz orienta os operadores, reduzindo a necessidade de consultas manuais.
  • Aumentar a acuracidade: o uso de leitores de código de barras diminui o risco de erros e facilita o controle de inventário.

A integração dessas tecnologias permite um fluxo mais eficiente e preciso, reduzindo o tempo de separação e aumentando a satisfação dos clientes.

7. Ergonomia e segurança do trabalho

A ergonomia é um dos fatores mais críticos para o sucesso de um layout para área de picking manual, e sua negligência pode ter consequências devastadoras para as operações logísticas.

De acordo com a União Geral de Trabalhadores (UGT), aproximadamente 25% de todas as lesões no trabalho estão relacionadas à movimentação manual de cargas, e 23,8% das lesões lombares no ambiente laboral na União Europeia têm a mesma origem.

Além disso, a cartilha de ergonomia do Ministério da Saúde do Brasil destaca que as Lesões Músculo-Esqueléticas Relacionadas ao Trabalho (LMERT) são um conjunto de doenças inflamatórias e degenerativas do sistema locomotor, frequentemente resultantes de condições ergonômicas inadequadas.

Para mitigar esses riscos e melhorar a produtividade, é essencial implementar práticas ergonômicas no layout da área de picking manual, como:

  • Posicionamento adequado dos produtos: itens de alta rotatividade, devem ser colocados na altura entre a cintura e os ombros dos operadores, evitando posturas forçadas e reduzindo o risco de lesões.
  • Equipamentos de apoio: o uso de carrinhos, esteiras transportadoras e plataformas elevatórias pode minimizar a necessidade de movimentações repetitivas e levantamento de cargas pesadas, aliviando o esforço físico dos trabalhadores.
  • Espaçamento adequado: Corredores e áreas de picking devem ser suficientemente largos para permitir uma movimentação segura e eficiente, evitando colisões e acidentes.

A adoção dessas medidas não apenas promove a saúde e segurança dos operadores, mas também contribui para a eficiência operacional, resultando em processos de picking mais rápidos e precisos.

8. Separação de áreas de reposição e picking

Uma prática eficiente é manter a área de picking separada da área de reposição de produtos. Isso evita conflitos operacionais e permite que as atividades de reposição sejam realizadas fora dos horários de pico, garantindo que o picking não seja interrompido.

  • Reposição em horários alternados: programe a reposição para horários de menor demanda.
  • Separação física das áreas: isso evita que operadores de reposição interfiram nos operadores de picking, minimizando riscos e melhorando o fluxo.

9. Acessibilidade e corredores adequados

O dimensionamento adequado dos corredores é essencial para permitir a movimentação segura e eficiente no armazém.

Corredores estreitos são indicados para operações de picking manual, mas precisam ter largura suficiente para garantir o trânsito seguro dos operadores, evitando colisões e congestionamentos. Já os corredores amplos são necessários em áreas onde há movimentação de equipamentos, como paleteiras e empilhadeiras, permitindo a circulação fluida e segura desses veículos.

A acessibilidade impacta diretamente na produtividade e na segurança dos operadores, sendo um ponto crítico no planejamento do layout do armazém.

10. Mapeamento de indicadores de desempenho (KPIs)

Estabelecer KPIs para monitorar a eficiência do picking manual é uma prática recomendada para identificar oportunidades de melhoria contínua:

  • Tempo de picking: mede o tempo médio necessário para separar um pedido.
  • Acuracidade do picking: avalia a precisão dos itens separados em relação ao pedido.
  • Taxa de produtividade: calcula o número de pedidos ou itens separados por hora, por operador.

Esses indicadores permitem avaliar e ajustar o layout e as práticas operacionais com base em dados concretos.

11. Simulação de cenários e testes piloto

Antes de implementar o layout definitivo, é recomendável realizar simulações e testes piloto. Isso permite identificar possíveis problemas e fazer ajustes necessários:

  • Simulações de fluxo: podem ser feitas com o uso de softwares específicos para prever gargalos e pontos críticos.
  • Testes em pequena escala: avaliam a eficiência do layout e permitem ajustes rápidos.

Esses testes são essenciais para garantir que o layout atenda às necessidades operacionais antes de sua implementação completa.

12. Flexibilidade para ajustes sazonais

A demanda sazonal é um dos maiores desafios enfrentados por gerentes de armazém, especialmente em operações de e-commerce e varejo, onde os picos de demanda são significativamente altos durante eventos como Black Friday, Natal, e campanhas promocionais.

Quando o layout da área de picking manual não é projetado com flexibilidade, o armazém pode enfrentar gargalos operacionais, aumento de erros e uma queda drástica na eficiência durante esses períodos críticos.

Para evitar esses problemas, é fundamental planejar o layout considerando a possibilidade de ajustes rápidos e temporários que permitam lidar com o aumento do volume de pedidos.

Áreas temporárias de picking

Uma estratégia eficaz é a criação de áreas temporárias de picking, dedicadas a produtos de alta demanda sazonal.

Durante períodos de pico, determinados produtos tendem a ser mais solicitados e precisam estar facilmente acessíveis para reduzir o tempo de separação. Nessas situações, os itens promocionais ou de grande volume de vendas podem ser deslocados para zonas de picking temporárias, próximas à área de expedição, permitindo uma operação mais ágil.

Esse tipo de ajuste facilita a separação rápida dos produtos mais vendidos e diminui a necessidade de longos deslocamentos dos operadores.

Uso de layout modular

A utilização de um layout modular é outra prática recomendada para lidar com a sazonalidade. Um layout modular permite uma reorganização rápida e eficiente do armazém, adaptando-se às mudanças no perfil de pedidos e nos volumes de movimentação.

Estantes móveis, prateleiras ajustáveis e sistemas de Flow Racks são exemplos de soluções que facilitam essa modularidade.

Ao permitir que o layout seja reconfigurado facilmente, o armazém pode criar áreas adicionais de picking, expandir corredores de acesso ou até mesmo ajustar a densidade de armazenamento conforme necessário.

13. Integração com outras áreas do armazém

O layout da área de picking manual deve ser integrado com outras áreas do armazém, como recebimento, expedição e armazenamento. Uma boa integração reduz o tempo de movimentação e melhora a eficiência geral.

A proximidade com a área de expedição facilita o envio rápido dos pedidos, enquanto a conexão direta com a área de recebimento permite uma reposição ágil dos produtos. A integração eficiente dessas áreas evita desperdícios de tempo e melhora significativamente o fluxo operacional do armazém.

Conclusão

Com o layout correto, é possível transformar a sua operação de picking em um verdadeiro diferencial competitivo, garantindo eficiência e flexibilidade para atender às crescentes demandas do mercado.

Imagine uma área de picking manual onde cada movimento é otimizado, os operadores trabalham de forma fluida e os pedidos são processados com precisão e rapidez, mesmo durante os períodos de alta demanda. Esse é o cenário ideal para qualquer gerente de armazém que busca maximizar a produtividade e reduzir custos.

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