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Como fazer a preparação logística para Black Friday no e-commerce

por | 16/07/2025

Na Black Friday, o sucesso das vendas começa muito antes do clique do cliente. É no armazém que tudo se decide. Neste artigo, você vai descobrir como preparar sua operação logística para entregar mais, melhor — e no tempo certo.

A Black Friday representa muito mais do que uma data de alto volume de vendas. Para operações logísticas no e-commerce, ela funciona como um verdadeiro teste de estresse — uma prova real da robustez, agilidade e capacidade de adaptação da intralogística.

Por isso, quando falamos em preparação logística para Black Friday, não estamos apenas tratando de um reforço pontual, mas de uma estratégia integrada de eficiência operacional.

Em um cenário onde o consumidor exige entregas rápidas, visibilidade em tempo real e total confiabilidade, empresas que negligenciam essa preparação colocam em risco não só suas vendas, mas a própria reputação da marca.

Neste artigo, você vai entender por que a preparação logística para a Black Friday exige planejamento estratégico, adaptação estrutural e processos otimizados. Vamos explorar as melhores práticas de layout, picking, expedição e gestão de equipes, com foco em operações logísticas para e-commerce que buscam eficiência mesmo nos maiores picos de demanda.

A escalabilidade logística como pilar da performance

No dia a dia, muitos centros de distribuição funcionam com certa folga de capacidade, o que mascara ineficiências estruturais. No entanto, em eventos como a Black Friday, o aumento repentino de volumes evidencia gargalos em layout, movimentação de materiais e processos de separação.

Por isso, o primeiro passo para uma Black Friday bem-sucedida é garantir escalabilidade logística. Isso significa projetar uma operação que possa ser rapidamente ampliada ou reorganizada sem comprometer sua estabilidade.

Otimização de espaço: da teoria à prática

A otimização de espaço no e-commerce não se resume a empilhar caixas de maneira mais eficiente. Ela exige uma análise detalhada do layout atual, da curva de giro dos produtos e das rotas de separação. Em picos de demanda, cada metro quadrado precisa ser maximizado — vertical e horizontalmente.

Empresas líderes estão adotando estruturas como mezaninos modulares, flow racks reconfiguráveis e até sistemas shuttle para armazenagem em múltiplos níveis.

Essas soluções permitem adaptar o layout de forma dinâmica, sem a necessidade de obras ou grandes investimentos, favorecendo uma estrutura de armazenagem flexível e responsiva às demandas sazonais.

Além disso, é comum durante a Black Friday separar áreas específicas para produtos de maior giro — as chamadas “zonas de alta rotatividade”. Essa simples adaptação de layout reduz o tempo de deslocamento dos operadores e aumenta a produtividade do picking.

Picking: o coração da eficiência

A área de picking é, sem dúvida, o coração da operação durante eventos de alto volume. É nela que os erros se acumulam, os atrasos se iniciam e a produtividade se ganha — ou se perde.

Para garantir uma separação de pedidos eficiente, o armazém precisa estar operando com estratégias de picking no e-commerce bem definidas e compatíveis com o seu perfil de operação.

Entre as abordagens mais eficazes, destacam-se:

  • Batch picking: onde o operador coleta múltiplos pedidos simultaneamente, reduzindo a quantidade de viagens.
  • Picking por zona (zone picking): divisão do armazém por setores, com operadores especializados por área, agilizando a operação.
  • Sistemas pick-to-light: guias visuais por LED instalados nas estruturas que indicam a posição e quantidade de itens a serem coletados, reduzindo drasticamente os erros.

Essas estratégias, quando bem combinadas com o WMS (Warehouse Management System) da operação, entregam ganhos expressivos de produtividade e precisão — elementos cruciais para o sucesso em períodos como a Black Friday.

Expedição: onde tudo pode dar certo (ou errado)

Após a coleta e a embalagem, os pedidos chegam ao estágio final: a expedição. É aqui que muitas operações, mesmo após realizarem um bom trabalho de picking, enfrentam gargalos que comprometem todo o fluxo.

Durante os picos de demanda no e-commerce, é comum observar armazéns com docas congestionadas, pedidos acumulados aguardando transporte e falhas na priorização das saídas. A causa? Falta de planejamento na estrutura e ausência de processos claros.

Para evitar isso, boas práticas incluem:

  • Implantar áreas de staging que agrupam pedidos por transportadora ou região.
  • Utilizar esteiras automatizadas para agilizar o escoamento dos pedidos prontos.
  • Trabalhar com agendamento logístico junto às transportadoras, evitando janelas ociosas e excesso de carga simultânea.

O sucesso na Black Friday, portanto, exige que o fluxo logístico não seja pensado de forma isolada por etapa, mas como uma cadeia contínua que vai do recebimento até a porta do cliente.

Mão de obra: não basta ter, é preciso preparar

Outro ponto negligenciado com frequência é o preparo da equipe que atuará no período da promoção. Muitas empresas contratam operadores temporários poucos dias antes do evento, sem fornecer treinamento adequado ou padrões operacionais.

Essa prática leva a um aumento considerável nos erros, retrabalhos e insatisfação dos clientes.

Para evitar isso, recomenda-se:

  • Antecipar o processo seletivo e iniciar treinamentos operacionais com pelo menos duas semanas de antecedência.
  • Criar SOPs (Standard Operating Procedures) com checklists simples e visuais para guiar as tarefas.
  • Monitorar a performance por meio de KPIs em tempo real, como produtividade por operador, tempo médio de separação e acuracidade do estoque.

Aqui, o apoio de um bom WMS com dashboards operacionais faz toda a diferença, fornecendo dados atualizados para que a liderança possa intervir rapidamente em caso de desvios.

A preparação logística como diferencial competitivo

A preparação logística para Black Friday deve ser vista como um investimento estratégico e não como uma medida emergencial.

Empresas que antecipam suas ações, ajustam sua estrutura, capacitam seus times e integram tecnologia nos processos têm maior resiliência e ganham vantagem competitiva.

Além disso, essa preparação deixa um legado positivo. Muitas das melhorias implementadas para a Black Friday podem ser mantidas após o evento, resultando em uma operação mais eficiente ao longo do ano.

Conclusão

Planejar uma Black Friday de sucesso é planejar muito além da data. Envolve pensar em cada detalhe da operação — desde o layout do armazém, passando pelas estratégias de picking, até a capacidade de expedição e treinamento das equipes.

Todas essas frentes devem funcionar em sintonia para garantir que a empresa consiga entregar pedidos com velocidade, precisão e segurança.

Mais do que isso, a preparação logística para Black Friday é uma oportunidade de fortalecer a cultura de melhoria contínua, implementar tecnologias e processos que agregam valor à operação, e consolidar a confiança do cliente.

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