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Acidentes de trabalho: um guia para avaliar riscos no armazém

por | 14/09/2023

Imagine um setor onde os profissionais estão consistentemente entre os mais afetados por acidentes de trabalho no Brasil. Segundo dados reveladores do Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção de Trabalho no Brasil (SIT), do Ministério do Trabalho, trabalhadores envolvidos nas operações de cargas e descargas de mercadorias não são apenas vulneráveis, mas aparecem em […]

Imagine um setor onde os profissionais estão consistentemente entre os mais afetados por acidentes de trabalho no Brasil.

Segundo dados reveladores do Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção de Trabalho no Brasil (SIT), do Ministério do Trabalho, trabalhadores envolvidos nas operações de cargas e descargas de mercadorias não são apenas vulneráveis, mas aparecem em uma alarmante lista das 10 ocupações com mais registros de lesões. Entre 2014 e 2021, eles sofreram impressionantes 94,7 mil acidentes.

E, se você pensa que isso é assustador, o Radar SIT acrescenta outra dimensão a esta crise: veículos, máquinas e equipamentos têm sido protagonistas nesse cenário, sendo responsáveis por mais de 1,6 milhão de acidentes de trabalho em apenas sete anos. Isso corresponde a um terço de todos os acidentes registrados no país durante esse período!

Mas o que realmente causa esses acidentes? Como podem ser evitados? E, o mais importante, como assegurar a integridade e segurança dos trabalhadores em armazéns e centros de distribuição?

Se você busca respostas para essas perguntas, está no lugar certo. Continue lendo este guia e descubra insights valiosos que poderão transformar a maneira como você percebe e aborda a segurança no ambiente logístico.

Entendendo a origem dos acidentes de trabalho em atividades de armazenagem logística

Todos sabemos que o setor de armazenagem logística é fundamental para a cadeia de suprimentos, garantindo o trânsito eficiente de mercadorias de um ponto a outro. No entanto, com suas complexas operações e interações diárias entre máquinas, equipamentos e colaboradores, também é um local onde acidentes de trabalho podem ocorrer.

Por isso, entender suas origens é o primeiro passo para a prevenção. Vejamos algumas das principais origens de acidentes de trabalho no armazém:

1. Falta de treinamento adequado

Um dos principais motivos para acidentes em armazéns é a falta de formação e treinamento dos colaboradores.

Quando os trabalhadores não são devidamente instruídos sobre procedimentos seguros, riscos associados a certas tarefas e uso correto de equipamentos, são mais propensos a cometer erros que podem levar a acidentes.

2. Equipamentos defeituosos ou mal mantidos

Empilhadeiras, guindastes e outros equipamentos de armazenagem, quando não são regularmente inspecionados e mantidos, podem apresentar falhas. Uma empilhadeira com falha nos freios ou um guindaste com defeito nos cabos são acidentes esperando para acontecer.

3. Organização e layout inadequados

Corredores estreitos, prateleiras sobrecarregadas ou mal organizadas e áreas congestionadas podem não apenas reduzir a eficiência, mas também aumentar o risco de colisões e quedas.

4. Falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

O não fornecimento, ou o uso incorreto de EPIs, como capacetes, luvas ou calçados de segurança, pode resultar em lesões que poderiam ter sido facilmente evitadas.

5. Condições ambientais perigosas

Iluminação inadequada, ventilação insuficiente ou pisos escorregadios podem ser causas indiretas de acidentes. Por exemplo, um trabalhador pode tropeçar e cair por não ver um obstáculo devido à má iluminação.

6. Falta de sinalização e comunicação

Áreas de risco, substâncias químicas perigosas e zonas de tráfego intenso devem ser claramente sinalizadas. A ausência de sinais claros ou a falha em comunicar procedimentos de segurança pode levar a mal-entendidos e, consequentemente, acidentes.

7. Cultura organizacional

Em ambientes onde a segurança não é priorizada e os colaboradores sentem-se pressionados a trabalhar rapidamente, em vez de com segurança, o risco de acidentes aumenta.

Uma cultura que valoriza a produção acima da segurança pode comprometer a integridade de todos no local de trabalho.

Como você pode perceber, a origem dos acidentes de trabalho em atividades de armazenagem logística é multifacetada e pode ser atribuída a uma combinação de fatores humanos, organizacionais e ambientais.

Compreender estas origens é essencial para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e promover um ambiente de trabalho mais seguro para todos. O que nos leva ao ponto chave desse artigo, a avaliação de riscos. Confira!

Etapas para avaliação de riscos no armazém

A avaliação de riscos é um processo crítico que visa identificar e analisar potenciais perigos no ambiente de trabalho a fim de estabelecer medidas preventivas e corretivas.

Em um armazém, com a movimentação constante de mercadorias e operação de máquinas pesadas, esse processo se torna ainda mais vital. Para te ajudar nesse processo, listamos aqui as etapas fundamentais para uma avaliação de riscos eficaz no armazém:

1. Identificação dos perigos

O primeiro passo é reconhecer todos os perigos potenciais. Isso inclui máquinas em movimento, produtos químicos armazenados, áreas de tráfego intenso, prateleiras instáveis e qualquer outra situação ou equipamento que possa causar dano.

2. Determinação dos grupos em risco

Identifique quem está em risco em relação a cada perigo detectado. Pode ser um operador de empilhadeira, um funcionário que trabalha na recepção de mercadorias ou até visitantes e terceirizados.

3. Avaliação e priorização dos riscos

Depois de identificar os perigos e determinar os grupos em risco, avalie a gravidade de cada risco e a probabilidade de ocorrência. Isso ajudará a priorizar quais riscos precisam ser abordados imediatamente e quais podem ser tratados posteriormente.

4. Registro das informações

Documente todas as informações coletadas, incluindo a natureza do perigo, quem está em risco, a gravidade e a probabilidade de ocorrência. Esse registro não só ajuda a manter um histórico, mas também facilita a revisão e atualização regular da avaliação.

5. Implementação de medidas preventivas

Com base na avaliação, estabeleça medidas para reduzir ou eliminar os riscos. Isso pode incluir alterações no layout do armazém, compra de equipamentos mais seguros, treinamento adicional para os colaboradores ou a introdução de novos procedimentos de trabalho.

6. Revisão e atualização

A avaliação de riscos não é uma atividade única. É vital revisar e atualizar regularmente a avaliação, especialmente após qualquer incidente, introdução de novos equipamentos ou mudanças nas operações do armazém.

7. Comunicação e treinamento

Certifique-se de que todos os funcionários estejam cientes dos riscos identificados e das medidas de controle implementadas. Ofereça treinamentos adequados e assegure que os processos sejam comunicados de maneira clara e compreensível.

8. Monitoramento contínuo

Implemente sistemas de monitoramento para garantir que as medidas de controle estejam funcionando conforme o esperado. Isso pode incluir inspeções regulares, revisões de procedimentos ou feedbacks dos colaboradores sobre possíveis preocupações ou sugestões.

Conduzir uma avaliação de riscos no armazém é essencial para garantir a segurança dos colaboradores e otimizar as operações. Ao seguir estas etapas, os gestores podem criar um ambiente mais seguro, reduzir o número de incidentes de trabalho e melhorar a produtividade e eficiência do armazém.

Medidas de prevenção e controle e a importância da cultura de segurança

Implementar medidas de prevenção e controle é uma necessidade inegável para evitar os acidentes de trabalho. No entanto, além dessas medidas tangíveis, a construção e manutenção de uma cultura de segurança sólida têm uma importância vital na garantia da integridade de todos os envolvidos.

As medidas de prevenção e controle podem abranger diversas ações, desde a implementação de sistemas de sinalização eficazes até a adoção de tecnologias modernas que garantem a operação segura de maquinário.

A instalação de guardas e barreiras físicas em áreas de alto risco, a manutenção regular de equipamentos e a disponibilização de EPIs adequados são etapas essenciais para minimizar os riscos. Além disso, a identificação e correção proativas de áreas potencialmente perigosas, combinadas com treinamentos regulares, são cruciais para garantir que os colaboradores estejam preparados para lidar com situações imprevistas.

Contudo, todas essas medidas podem ser em vão se não estiverem integradas a uma cultura de segurança robusta.

A cultura de segurança refere-se ao conjunto de valores, crenças, atitudes e comportamentos compartilhados por todos na organização, que enfatizam a segurança acima de todas as outras prioridades. Em um ambiente onde a segurança é verdadeiramente valorizada, os incidentes são menos frequentes, e os colaboradores se sentem livres para expressar preocupações, sugerir melhorias e agir de maneira proativa para evitar perigos.

Uma cultura de segurança sólida vai além de simplesmente seguir regulamentos e diretrizes. Ela exige o comprometimento da liderança, que deve dar o exemplo e demonstrar, através de ações e palavras, que a segurança é uma prioridade máxima.

Conclusão

Como vimos, os riscos associados às operações de armazenagem são diversos e complexos. A negligência, mesmo que por um curto período, pode resultar em consequências devastadoras, não apenas em termos de danos materiais, mas, mais criticamente, em lesões ou até perda de vidas humanas.

A análise de riscos e a implementação proativa de medidas de segurança não são apenas boas práticas empresariais; são imperativos morais e éticos.

Esperar por um incidente para tomar medidas corretivas não é apenas reativo, mas também arriscado. Em vez de lidar com as consequências, as organizações devem antecipar e prevenir problemas.

E é aqui que entra o Serviço especializado de Recertificação de Estruturas de Armazenagem com emissão de ART da Engesystems. Este serviço não é apenas uma medida preventiva, mas uma garantia de operações de armazenagem seguras.

Ao garantir a segurança das estruturas em uso, as empresas não só evitam riscos de acidentes e multas, mas também prolongam a vida útil das estruturas, resultando em uma economia substancial a longo prazo ao reduzir os custos de manutenção.

Em última análise, priorizar a segurança agora é um investimento para o futuro – um futuro em que os trabalhadores se sentem seguros, as operações são eficientes e os negócios prosperam. Portanto, não deixe para amanhã o que pode proteger sua organização hoje.

Conheça o serviço especializado da Engesystems e dê um passo adiante em direção a um ambiente de armazenagem mais seguro e eficiente.

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