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Ferramenta MASP: solução para problemas operacionais no armazém

por | 30/04/2024

Descubra como a ferramenta MASP te ajuda a melhorar as operações do armazém, corrigindo erros de forma sistemática e eficaz.

O gerenciamento eficaz de um armazém é crucial para o sucesso de qualquer empresa que dependa significativamente de operações logísticas. A complexidade dessas operações muitas vezes resulta em desafios que podem comprometer a eficiência e a produtividade.

Nesse contexto, a ferramenta MASP (Método de Análise e Solução de Problemas) se torna uma aliada poderosa para auxiliar gestores de armazém e logística a enfrentarem e resolver esses desafios de maneira sistemática e eficaz.

Este artigo explora a eficácia do MASP na resolução de problemas operacionais em armazéns, demonstrando como suas etapas estruturadas podem ser aplicadas para melhorar processos, aumentar a eficiência e reduzir erros.

O que é a ferramenta MASP?

A ferramenta MASP, uma metodologia de resolução de problemas amplamente reconhecida e estruturada em oito fases distintas:

  1. Identificação do problema
  2. Observação
  3. Análise
  4. Plano de ação
  5. Ação
  6. Verificação
  7. Padronização
  8. Conclusão

Essas etapas facilitam uma abordagem metódica para identificar a raiz dos problemas, planejar e implementar soluções, verificar a eficácia dessas soluções e, por fim, padronizar as melhores práticas.

Desenvolvida no Japão, no contexto do movimento pela qualidade que surgiu após a Segunda Guerra Mundial. A ferramenta MASP foi baseada no ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act), que foi popularizado por William Edwards Deming, um estatístico americano cujo trabalho teve um impacto significativo na indústria japonesa durante esse período.

O MASP como uma metodologia formal foi mais diretamente desenvolvido e promovido por Kaoru Ishikawa, um dos líderes do movimento de qualidade no Japão. Ishikawa é também conhecido por desenvolver o Diagrama de Ishikawa (ou Diagrama de Causa e Efeito), que é frequentemente usado como uma das ferramentas dentro do processo de MASP para identificar as causas raízes de um problema específico.

Qual a diferença entre a ferramenta MASP e o PDCA?

A ferramenta MASP e o ciclo PDCA são conceitos intimamente relacionados no campo da gestão empresarial, mas têm algumas diferenças fundamentais em termos de foco e aplicação.

O ciclo PDCA é um modelo iterativo de quatro passos usado para o controle e melhoria contínua dos processos e produtos. As quatro fases do PDCA são:

  1. Plan (Planejar): Identificar um problema ou uma oportunidade de melhoria, definir objetivos e planejar as ações necessárias para alcançar esses objetivos.
  2. Do (Executar): Implementar o plano, em pequena escala se necessário, para testar a eficácia das ações planejadas.
  3. Check (Verificar): Monitorar e avaliar os resultados da implementação do plano contra os objetivos definidos originalmente.
  4. Act (Agir): Com base nos resultados, ajustar o processo para melhorá-lo. Se o resultado for bem-sucedido, o processo é padronizado e se torna a base para ciclos futuros do PDCA.

Como vimos no tópico anterior, o MASP é uma metodologia mais detalhada e estruturada que usa o ciclo PDCA como sua espinha dorsal.

No entanto, a ferramenta MASP expande cada uma dessas etapas em subetapas específicas, criando um processo de oito fases que são mais prescritivas e orientadas para a resolução de problemas complexos.

Diferenças principais

Complexidade e detalhamento: O MASP é mais detalhado e estruturado do que o PDCA. Ele fornece uma abordagem mais sistemática e passo a passo para a resolução de problemas, enquanto o PDCA é mais um modelo cíclico de melhoria contínua que pode ser aplicado de forma mais flexível.

Foco: O PDCA é usado para controle e melhoria contínua de processos em uma variedade de contextos. A ferramenta MASP, por outro lado, é especificamente focada na resolução de problemas, fornecendo uma estrutura rigorosa para identificar, analisar e corrigir problemas de forma a prevenir sua recorrência.

Implementação: O MASP é geralmente implementado em situações em que os problemas são complexos e as soluções não são imediatamente óbvias, exigindo uma investigação mais profunda e uma abordagem analítica. O PDCA pode ser aplicado mais rotineiramente e em uma escala menor para ajustes contínuos e melhorias incrementais.

Aplicando o MASP na logística de armazéns

A ferramenta MASP é particularmente útil em ambientes de armazém para abordar uma variedade de problemas operacionais e de gestão. Vejamos, a seguir, um exemplo prático de aplicação do MASP na logística de armazéns:

Identificação e observação

O primeiro passo no MASP é a identificação clara do problema.

Em um cenário de armazém, isso pode envolver questões como atrasos na movimentação de mercadorias, altas taxas de erro no picking ou problemas de segurança no trabalho. Após a identificação, a fase de observação envolve a coleta de dados relevantes. Isso pode incluir tempos de processamento, taxas de erro, ou feedback de funcionários.

Análise

Com os dados em mãos, a próxima etapa é a análise. Aqui, ferramentas como o Diagrama de Ishikawa e o Diagrama de Pareto podem ser utilizadas para identificar as causas raízes dos problemas.

Por exemplo, um aumento nos erros de picking pode ser rastreado até a falta de treinamento adequado ou falhas no layout do armazém.

Plano de ação e implementação

O desenvolvimento de um plano de ação claro é crucial. Este plano deve incluir medidas específicas, responsáveis e prazos.

A implementação dessas ações é o coração da ferramenta MASP, onde as soluções são efetivamente colocadas em prática. Por exemplo, reorganizar o layout do armazém para minimizar o tempo de movimentação dos operadores de empilhadeira pode ser uma ação.

Verificação e padronização

Após a implementação, a fase de verificação avalia se os problemas foram resolvidos e as metas atingidas. Se as ações foram bem-sucedidas, a última fase é a padronização das melhores práticas, garantindo que os benefícios sejam mantidos a longo prazo.

Exemplos práticos de sucesso com o MASP

Caso de redução de erros de picking:

  • Identificação: Taxa de erro de 5% no picking
  • Observação: Análise de dados mostrou erros concentrados em poucos SKUs
  • Análise: Falhas no posicionamento e sinalização dos SKUs
  • Ação: Reorganização do layout e melhoria na sinalização
  • Verificação: Redução da taxa de erro para 1%
  • Padronização: Novo layout adotado como padrão para todas as operações

Caso de melhoria na segurança:

  • Identificação: Altas taxas de acidente
  • Observação: A maioria dos acidentes ocorria no mesmo ponto do armazém
  • Análise: Insuficiência de medidas de segurança nesse ponto
  • Ação: Implementação de barreiras de segurança e sinalização
  • Verificação: Redução de 90% nos acidentes
  • Padronização: Adoção das novas medidas de segurança em todos os setores críticos

Conclusão

Como vimos, a ferramenta MASP, se bem utilizada, é uma aliada poderosa na resolução de problemas nos armazéns, permitindo às empresas abordarem de forma sistemática e eficaz os desafios operacionais.

Com sua estrutura clara e baseada em evidências, o MASP ajuda as organizações a transformarem problemas complexos em processos operacionais otimizados e eficientes. Empresas que adotam o MASP não apenas resolvem problemas existentes, mas também criam um ambiente onde a melhoria contínua é a norma, não a exceção.

Ao aplicar a ferramenta MASP em suas operações, as empresas de logística podem esperar não apenas uma melhoria nas operações diárias, mas também um impacto positivo significativo na satisfação do cliente e no sucesso empresarial.

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