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Fluxo de trabalho no armazém: como reduzir movimentos desnecessários?

por | 26/10/2023

O gerente de armazém enfrenta desafios diários que vão além da simples supervisão de mercadorias. A eficiência de cada movimento e a precisão de cada pedido são, frequentemente, o resultado direto do bom planejamento e gestão do fluxo de trabalho no armazém. Neste artigo vamos explorar os indicativos de quando e por que é necessário […]

O gerente de armazém enfrenta desafios diários que vão além da simples supervisão de mercadorias. A eficiência de cada movimento e a precisão de cada pedido são, frequentemente, o resultado direto do bom planejamento e gestão do fluxo de trabalho no armazém.

Neste artigo vamos explorar os indicativos de quando e por que é necessário refinar o fluxo de trabalho no armazém. Indicando um caminho claro e estruturado para implementar essas melhorias, com atenção especial à redução de movimentos desnecessários, uma questão crítica que, se não tratada, pode resultar em atrasos, aumento de custos e, em última instância, na insatisfação dos clientes.

Este conteúdo é mais do que uma coleção de práticas recomendadas; é um aliado para o gerente de armazém em sua jornada rumo à otimização dos fluxos de trabalho, alavancando o desempenho e impulsionando o sucesso sustentável. Boa leitura!

Quando é preciso melhorar o fluxo de trabalho no armazém?

O desempenho de um armazém é muitas vezes um reflexo direto da eficiência dos seus fluxos de trabalho. Quando os fluxos de trabalho não estão otimizados, várias ineficiências podem se manifestar, afetando a produtividade, os custos e a satisfação dos clientes.

Um dos indicadores mais claros é o tempo de processamento das operações.

Se os pedidos estão levando mais tempo para serem processados, do momento em que são recebidos até serem despachados, isso pode ser um sinal de fluxos de trabalho ineficientes.

Por exemplo, se os funcionários estão passando um tempo desproporcional em deslocamentos pelo armazém, pode haver um problema na organização dos produtos ou na estratégia de picking.

Delays frequentes no despacho de pedidos podem indicar gargalos nos processos de embalagem ou expedição.

O aumento dos erros operacionais é outro indicador.

Erros frequentes no picking, por exemplo, podem ser resultado de instruções de trabalho pouco claras, má sinalização ou falhas nos sistemas de informação. Esses erros, além de consumirem tempo e recursos para serem corrigidos, podem levar a devoluções e insatisfação dos clientes, afetando a reputação e a lucratividade da empresa.

A produtividade dos funcionários é uma medida fundamental para os gerentes de armazém. Se perceberem que, apesar dos treinamentos e recursos fornecidos, a produtividade está estagnada ou em declínio, isso pode ser um sinal de fluxos de trabalho mal projetados.

Em alguns casos, os funcionários podem estar fazendo um esforço extra, realizando tarefas repetitivas ou desnecessárias que poderiam ser eliminadas ou automatizadas com processos mais bem definidos.

O excesso de inventário ou a falta de produtos são problemas que também podem estar ligados a fluxos de trabalho ineficientes na reposição e no reabastecimento.

Se a comunicação entre a compra, o recebimento e o armazenamento, estiver comprometida, pode haver acumulação de inventário em algumas áreas, enquanto outras podem sofrer com a falta de produtos.

O feedback dos funcionários é outro indicador valioso. Se os colaboradores expressarem frustrações frequentes sobre a complexidade das tarefas, falta de clareza nas responsabilidades ou sentirem que estão constantemente “apagando incêndios”, isso pode ser um sinal claro de que os fluxos de trabalho precisam ser revisados e otimizados.

Em suma, melhorar os fluxos de trabalho não é apenas uma questão de eficiência operacional, mas também de garantir a satisfação dos clientes e a saúde financeira do negócio.

Quando os gerentes de armazém observam de perto esses indicadores e estão atentos às nuances do dia a dia, podem identificar rapidamente a necessidade de aprimorar os processos e, assim, buscar soluções mais adequadas.

Processo de melhoria do fluxo de trabalho

Iniciar um processo de melhoria no fluxo de trabalho de um armazém exige uma abordagem estruturada e metódica para garantir que todas as áreas problemáticas sejam identificadas e endereçadas.

1. Diagnóstico e avaliação atual:

  • Comece identificando e documentando os fluxos de trabalho existentes. Use ferramentas como mapeamento de processos para visualizar cada etapa.
  • Colete dados sobre desempenho, como tempos de ciclo, taxas de erro, tempos de resposta etc.
  • Realize sessões de feedback com as equipes. Elas estão na linha de frente e podem fornecer insights valiosos sobre ineficiências e gargalos.

2. Identificação de áreas problemáticas:

  • Com base nos dados coletados e feedback dos funcionários, identifique áreas que necessitam de melhoria. Pergunte: Onde estão os atrasos? Quais processos têm a maior taxa de erro? Onde os funcionários se sentem mais frustrados?

3. Desenvolvimento de soluções:

  • Para cada problema identificado, faça um brainstorm de soluções possíveis. Isso pode envolver reorganizar o layout do armazém, implementar novas tecnologias, redefinir processos, ou até mesmo treinar e reorientar a equipe.
  • Avalie cada solução potencial em termos de viabilidade, custo, tempo de implementação e impacto esperado.

4. Implementação:

  • Priorize as soluções com base no impacto esperado e na facilidade de implementação.
  • Desenvolva um plano de implementação detalhado, incluindo responsabilidades, prazos e recursos necessários.
  • Comunique-se claramente com a equipe sobre as mudanças, o porquê delas e como serão beneficiadas.

5. Monitoramento e avaliação:

  • Após a implementação, monitore de perto os indicadores de desempenho do armazém para avaliar o impacto das mudanças.
  • Solicite feedback contínuo das equipes sobre as novas práticas e processos.

6. Iteração:

  • A melhoria do fluxo de trabalho é um processo contínuo. Com base nas avaliações, identifique quaisquer novas áreas de preocupação ou oportunidades de melhoria adicional.
  • Repita o processo conforme necessário, refinando e adaptando as soluções para atender às necessidades em constante evolução do armazém.

Iniciar um processo de melhoria exige compromisso e envolvimento da liderança, bem como a disposição para ouvir e adaptar-se com base no feedback e nos resultados. No entanto, ao seguir estas etapas, os gerentes de armazém podem criar fluxos de trabalho mais eficientes que suportem tanto as operações diárias quanto as metas de longo prazo da organização.

Como reduzir movimentos desnecessários no armazém?

A redução de movimentos desnecessários no armazém é fundamental para otimizar as operações, melhorar a produtividade e reduzir custos. Eliminar etapas redundantes ou ineficientes pode levar a ganhos significativos em eficiência e eficácia.

Vamos explorar algumas estratégias e práticas recomendadas para alcançar essa redução. Confira:

1. Análise do mapeamento de fluxos de trabalho:

Ao compreender o atual fluxo de trabalho e analisar cada passo, é possível identificar movimentos redundantes ou ineficazes. Isso permite visualizar claramente onde ocorrem ineficiências e onde as melhorias podem ser feitas.

2. Otimização do layout do armazém:

A disposição física do armazém desempenha um papel crucial nos movimentos dos funcionários.

Posicionar os itens de alta rotatividade perto das áreas de picking ou das estações de embalagem pode reduzir o tempo de deslocamento. Também é vital considerar o fluxo do armazém, garantindo que haja um caminho lógico desde o recebimento até o envio, minimizando cruzamentos ou movimentos contraproducentes.

3. Implementação de Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS):

Um WMS avançado pode otimizar rotas de picking, agrupar pedidos e fornecer análises em tempo real sobre o desempenho do armazém. Ao direcionar os trabalhadores pelas rotas mais eficientes e sequenciar tarefas de forma inteligente, movimentos desnecessários são evitados.

4. Adoção de estratégias de picking eficientes:

Dependendo do tipo de produtos e do volume de pedidos, diferentes estratégias de picking, como picking por zona, picking por onda ou picking baseado em voz, podem ser mais eficientes e reduzir a movimentação desnecessária.

5. Uso de equipamentos adequados:

Investir em equipamentos ergonômicos e eficientes, como empilhadeiras, carrinhos de picking ou veículos guiados automaticamente (AGVs), pode reduzir significativamente os movimentos desnecessários, permitindo que os trabalhadores se movam rapidamente e transportem mais produtos de uma vez.

6. Treinamento e capacitação:

As equipes devem ser treinadas não apenas nas suas tarefas específicas, mas também na importância da eficiência e na maneira de minimizar movimentos desnecessários.

Uma equipe bem-informada e treinada pode identificar proativamente áreas de melhoria.

7. Revisão e melhoria contínua:

A dinâmica do armazém, as demandas dos clientes e os padrões da intralogística estão sempre mudando. Por isso, é essencial realizar revisões periódicas das operações e estar aberto a ajustes e melhorias.

8. Implementação de tecnologias de automação:

Soluções como sistemas automatizados de armazenamento e recuperação (AS/RS) ou robótica podem realizar tarefas repetitivas, reduzindo o movimento humano desnecessário e otimizando o fluxo de produtos.

Ao integrar essas estratégias e práticas recomendadas, é possível podem criar um ambiente mais ágil, eficiente e produtivo no armazém. A chave é abordar a redução de movimentos desnecessários como uma parte integrante da estratégia geral de otimização do armazém, garantindo que cada decisão e mudança seja feita considerando o panorama global das operações.

Conclusão

Ao término desta análise abrangente sobre a otimização do fluxo de trabalho no armazém, fica evidente que a chave para um gerenciamento eficaz reside na capacidade de identificar ineficiências e aplicar soluções inovadoras.

Uma dica prática que todo gerente de armazém pode começar a aplicar imediatamente é realizar sessões regulares de feedback com a equipe. Estes feedbacks frequentemente oferecem uma visão clara das áreas que necessitam de intervenção imediata.

Contudo, a otimização não termina com o fluxo de trabalho. O layout físico do armazém é outro componente crítico que exerce uma influência direta sobre a eficiência operacional.

Para se aprofundar mais nesse aspecto e compreender como o design e a organização do seu espaço podem impulsionar a produtividade, convidamos você a ler o nosso artigo: “Como definir o layout do armazém de forma estratégica?”. Equipado com estas informações, você estará bem-posicionado para transformar seu armazém em um modelo de excelência logística.

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